quarta-feira, 22 de julho de 2009

Parnaíba (Piauí)


Mais uma vez o meu eu-pessimista intríns
eco me gritou alto que essa viagem não iria ser boa. Quando cheguei à Parnaíba, uma cidade mais ou menos grande no litoral do Piauí, percebi que era verdade o que eu pensava, pois não foi só "boa", foi MARAVILHOSA, PERFEITA... Quando saímos daqui do Estreito eram 04:00 h. Fomos abordados na porta da minha casa por um homem que se dizia assaltante, apontando uma arma para meu tio. Nesta hora, por sorte, eu estava dentro de casa, tinha ido há poucos segundos pegar minha mala no meu quarto. Não entendi bem a história do que se passou lá fora, contudo, pelo que soube, a Lisbela (uma das nossas cadelas) pulou no bandido e começou a "brincar" com ele (foi isso que me disseram), em seguida os outros três cachorros fugiram e, receio, intimidaram o rapaz, que logo sumiu. Entramos muito rápido na van que minha família e a dos meus tios fretaram juntas e partimos. Essa viagem durou do dia 15/07 até o dia 21/07.

Chegamos no dia seguinte, às 23:10 h. Foi extremamente cansativo ficar sentado todo esse tempo, porém valeu à pena: vi as mais lindas paisagens da minha vida nessa estrada. O Maranhão é mesmo um estado lindo... Minha família ficou hospedada na casa de uma irmã do meu pai, de personalidade forte, guerreira, que sabe o que quer e luta pelos seus ideais, a tia Dalva, quando eu crescer quero ser que nem ela (risos). E os demais se espalharam.

Fomos à uma das praias no dia seguinte, cujo nome era Luís Correia. O lugar é maravilhoso. A praia é extensa, o pôr-do-sol é desumbrante... Não tinham muitas pessoas por lá, estava perfeito. Visitamos também a Pedra-do-sal, outra praia linda: as ondas eram mais agressivas, ex
istiam formações rochosas que eu só havia visto em fotografias da internet. Encontramos inúmeros turistas de outros países. Tive a oportunidade de conversar com um casal de austríacos bem simpático. Também fomos ao Portinho, que fica do lado da praia de água salgada, separado apenas por dunas. A água do rio do Portinho é doce, me lembrou muito a água do Maranhão. Esse foi um dos dias mais divertidos. Saímos à noite, visitamos lanchonetes e pizzarias, praças, igrejas, centro histórico (lindo no mundo!) e etc.




Resumindo: foi maravilhoso estar lá. Conheci meus primos e tios que eu havia visto há muito tempo, nove anos, e nem mais lembrava. Todo mundo tá diferente, a maioria casou e tem filhos. Conheci meus tios que eu também não via há muito tempo: todos engraçados e eu ri bastante com as histórias da infância do meu pai e da deles. Ganhei dois CD's do The Cure, originais, do meu primo Isaac. Conheci a Iris, irmã do Isaac, prima que pensa muito como eu penso, acho que sou a Iris num corpo de 18 anos. Revi a Polessa, a Poliana e o Junior, três primos que eu brincava muito quando criança. Revi a Thallita, a Priscila , a Camila e o Paulo Filho, também primos muito legais.

A câmera quebrou na praia.
A mãe deixou ela cair na areia e ela travou toda. Quase morri nessa hora, (risos). Mas deu tempo de tirar umas fotos bacanas. Tá tudo no meu orkut.

Percebi um novo Esdras. Anteriormente eu apenas escrevia isso, sem sentir a diferença, sem sentir a necessidade de mudar, de pensar de outra maneira, de agir de outra forma... De deixar de me preocupar com a percepção da minha idiossincrasia vista por outros. Eu cresci, aliás, estou crescendo, isto é um processo contínuo, conheço a nossa sociedade cosmovisionária e escolho, mudo, entendo, critico (dentro de mim mesmo). É o que estou tentando fazer no momento...



Senti falta dos meus amigos, dos que deixei aqui no Estreito. Estar com eles é sempre bom. Minhas aulas tão pra começar. Gostaria de escrever mais, mas meus dedos tão doendo muito da pancada no carro do João Marcos na última semana. Espero que não tenha esquecido de escrever nada, contudo, se esqueci de escrever, não importa, já está fixado no meu subconsciente como fato importante. Beijos em todos!